quinta-feira, 4 de junho de 2009

terça-feira, 2 de junho de 2009

Endemia e Epidemia

Endemia e Epidemia.
Dengue
Denomina-se dengue a enfermidade causada por um
arbovírus da família Flaviviridae, gênero Flavivirus, que inclui quatro tipos imunológicos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. A infecção por um deles dá proteção permanente para o mesmo sorotipo e imunidade parcial e temporária contra os outros três. A dengue tem, como hospedeiro vertebrado, o homem e outros primatas, mas somente o primeiro apresenta manifestação clínica da infecção e período de viremia de aproximadamente sete dias. Nos demais primatas, a viremia é baixa e de curta duração. Provavelmente, o termo dengue é derivado da frase swahili "ki dengu pepo", que descreve os ataques causados por maus espíritos e, inicialmente, usado para descrever enfermidade que acometeu ingleses durante epidemia, que afetou as Índias Ocidentais Espanholas em 1927-1928. Foi trazida para o continente americano a partir do Velho Mundo, com a colonização no final do século XVIII. Entretanto, não é possível afirmar, pelos registros históricos, que as epidemias foram causadas pelos vírus da dengue, visto que seus sintomas são similares aos de várias outras infecções, em especial, a febre amarela. Atualmente, a dengue é a arbovirose mais comum que atinge o homem, sendo responsável por cerca de 100 milhões de casos/ano em população de risco de 2,5 a 3 bilhões de seres humanos. A febre hemorrágica da dengue (FHD) e síndrome de choque da dengue (SCD) atingem pelo menos 500 mil pessoas/ano, apresentando taxa de mortalidade de até 10% para pacientes hospitalizados e 30% para pacientes não tratados. A dengue é endêmica no sudeste asiático e tem originado epidemias em várias partes da região tropical, em intervalos de 10 a 40 anos. Uma pandemia teve início na década dos anos 50 no sudeste asiático e, nos últimos 15 anos, vem se intensificando e se propagando pelos países tropicais do sul do Pacífico, África Oriental, ilhas do Caribe e América Latina. Epidemias da forma hemorrágica da doença têm ocorrido na Ásia, a partir da década de 1950, e no sul do Pacífico, na dos 80. Entretanto, alguns autores consideram que a doença não seja tão recente, podendo ter ocorrido nos EUA, África do Sul e Ásia, no fim do século XIX e início do XX. Durante a epidemia que ocorreu em Cuba, em 1981, foi relatado o primeiro de caso de dengue hemorrágica, fora do sudeste da Ásia e Pacífico. Este foi considerado o evento mais importante em relação à doença nas Américas. Naquela ocasião, foram notificados 344.203 casos clínicos de dengue, sendo 34 mil casos de FHD [2], 10.312 das formas mais severas, 158 óbitos (101 em crianças). O custo estimado da epidemia foi de US$ 103 milhões. Entre os anos 1995 e início de 2001, foram notificados à Organização Panamericana da Saúde - OPAS, por 44 países das Américas, 2.471.505 casos de dengue, dentre eles, 48.154 da forma hemorrágica e 563 óbitos. O Brasil, o México, a Colômbia, a Venezuela, a Nicarágua e Honduras apresentaram número elevado de notificações, com pequena variação ao longo do período, seguidos por Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Panamá, Porto Rico, Guiana Francesa, Suriname, Jamaica e Trinidad & Tobago. Nota-se a quase ausência de casos nos EUA, que notificaram somente sete, em 1995. A Argentina compareceu a partir de 1998 e o Paraguai, a partir de 1999. Os casos de dengue hemorrágica e óbitos acompanham a distribuição descrita acima, e parece não terem relação com os sorotipos circulantes. No Brasil, os sorotipos registrados foram o 1 e o 2. Somente no ano de 2000 registrou-se o sorotipo 3. A Guatemala notificou a circulação dos quatro sorotipos, com baixo número de casos graves e óbitos. A dengue é transmitida através da picada de uma fêmea contaminada do Aedes aegypti, pois o macho se alimenta apenas de seiva de plantas. Um único mosquito desses em toda a sua vida (45 dias em média) pode contaminar até 300 pessoas.
Progressão e sintomas O período de incubação é de três a quinze dias após a picada. Dissemina-se pelo
sangue (viremia). Os sintomas iniciais são inespecíficos como febre alta (normalmente entre 38° e 40°C) de início abrupto, mal-estar, anorexia (pouco apetite), cefaleias, dores musculares e nos olhos. No caso da hemorrágica, após a febre baixar pode provocar gengivorragias e epistáxis (sangramento do nariz), hemorragias internas e coagulação intravascular disseminada, com danos e enfartes em vários orgãos, que são potencialmente mortais. Ocorre freqüentemente também hepatite e por vezes choque mortal devido às hemorragias abundantes para cavidades internas do corpo. Há ainda petéquias (manchas vermelhas na pele), e dores agudas das costas (origem do nome, doença “quebra-ossos”). A síndrome de choque hemorrágico da dengue ocorre quando pessoas imunes a um sorotipo devido a infecção passada já resolvida são infectadas por outro sorotipo. Os anticorpos produzidos não são específicos suficientemente para neutralizar o novo sorotipo, mas ligam-se aos virions formando complexos que causam danos endoteliais, produzindo hemorragias mais perigosas que as da infecção inicial. A febre é o principal sintoma.
Pandemia
Gripe Suína

A gripe suína refere-se à gripe causada pelas estirpes de vírus da gripe, chamadas vírus da gripe suína, que habitualmente infectam porcos, onde são endémicas. Em 2009 todas estas estirpes são encontradas no vírus da gripe C e nos subtipos do vírus da gripe A conhecidos como H1N1, H1N2, H3N1, H3N2, e H2N3. Quando os vírus da influenza de diferentes espécies infectam simultaneamente o mesmo animal (como por exemplo o suíno), podem reorganizar-se geneticamente e originar uma nova estirpe de vírus, tal como aconteceu actualmente com a emergência deste novo virus circulante Influenza A/H1N1. A análise deste vírus sugere que ele tem uma combinação de características das gripes suína, aviária e humana. Especificamente, esta combinação não havia sido vista até agora em humanos ou em suínos, e a sua origem é ainda desconhecida. Mas, felizmente, a conclusão inicial é a de que o vírus se espalha mais facilmente entre os porcos, e o contágio de humano para humano não é tão comum e simples quanto o da gripe comum. Em seres humanos, os sintomas de gripe A (H1N1) são semelhantes aos da gripe e síndroma gripal em geral, nomeadamente calafrios, febre, garganta dorida, dores musculares, dor de cabeça forte, tosse, fraqueza e desconforto geral. O virus é transmitido de pessoa para pessoa, e o papel do suíno na emergência desta nova estirpe de virus encontra-se sob investigação. Contudo, é certo que não há qualquer risco de contaminação através da alimentação de carnes suínas cozinhadas. Cozinhar a carne de porco a 71 graus Celsius mata o vírus da influenza, assim como outros vírus e bactérias. A gripe suína é comum em porcos da região centro-oeste dos Estados Unidos da América (e ocasionalmente noutros estados), no México, Canadá, América do Sul, Europa (Incluindo o Reino Unido, Suécia e Itália), Quénia, China continental, Taiwan, Japão e outras partes da Ásia oriental. O vírus da gripe suína causa uma doença respiratória altamente contagiosa entre os suínos, sem provocar contudo grande mortalidade. Habitualmente não afecta humanos; no entanto, existem casos esporádicos de contágio, laboratorialmente confirmados, em determinados grupos de risco. A infecção ocorre em pessoas em contacto directo e constante com estes animais, como agricultores e outros profissionais da área. A transmissão entre pessoas e suínos pode ocorrer de forma directa ou indirecta, através das secreções respiratórias, ao contactar ou inalar partículas infectadas. O quadro clínico da infecção pelo virus da gripe suína é em geral idêntico ao de uma gripe humana sazonal. Os suínos podem igualmente ser infectados pelo virus da influenza humana - o que parece ter ocorrido durante a gripe de 1918 e o surto de gripe A (H1N1) de 2009 - assim como pelo virus da influenza aviário. A transmissão de gripe suína de porcos a humanos não é comum e carne de porco correctamente cozinhada não coloca risco de infecção. Quando transmitido, o vírus nem sempre causa gripe em humanos, e muitas vezes o único sinal de infecção é a presença de anticorpos no sangue, detectáveis apenas por testes laboratoriais. Quando a transmissão resulta em gripe num ser humano, é designada gripe suína zoonótica. As pessoas que trabalham com porcos, sujeitas a uma exposição intensa, correm o risco de contrair gripe suína. No entanto, apenas 50 transmissões desse género foram registadas desde meados do século XX, quando a identificação de subtipos de gripe se tornou possível. Raramente, estas estirpes de gripe suína podem ser transmitidas entre seres humanos.
Sintomas e Tratamento
Assim como a gripe
humana comum, a influenza A (H1N1) apresenta como sintomas febre repentina, fadiga, dores pelo corpo, tosse. Esse novo surto, aparentemente, também causa mais diarreia e vômitos que a gripe convencional. De acordo com a OMS, os medicamentos antiviral oseltamivir e zanamivir, em testes iniciais mostraram-se efetivos contra o vírus H1N1. Ter hábitos de higiene regulares, como lavar as mãos, é uma das formas de prevenir a transmissão da doença.
Formas de contágio
A contaminação se dá da mesma forma que a
gripe comum, por via aérea, contato direto com o infectado, ou indireto (através das mãos) com objetos contaminados. Não há contaminação pelo consumo de carne ou produtos suínos. Cozinhar a carne de porco a 70 graus Celsius destrói quaisquer microorganismos patogênicos. Não foram identificados animais (porcos) doentes no local da epidemia (México). Trata-se, possivelmente, de um vírus mutante, com material genético das gripes humana, aviária e suína.

As últimas pandemias da história

As últimas pandemias da história


Antes de tudo, a definição. Pandemia, em essência, é uma enfermidade epidêmica disseminada em larga escala: por um continente, ou por todo o planeta.Sob olhos atentos de toda a população, até o último dia de abril, a gripe suína ainda não é considerada pandêmica pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Está no Período de Alerta, na Fase 5 da escala, nominada quando há surtos significativos em dois ou mais países de uma região - a um passo de avançar para a derradeira Fase 6, que é a pandemia em si.
A mudança de estágio só acontecerá, entretanto, se a transmissão do vírus na população avançar para outra região. Não há como cientistas e médicos preverem os progressos do transmissor H1N1 influenza A., tampouco a dimensão de um possível desastre. Vacinas estão sendo criadas, mas há poucas certezas científicas, apesar de
pesquisas espalhadas pelo mundo todo, inclusive no Brasil.
Mesmo assegurando que o contágio só ocorra entre humanos de maneira similar à gripe (por meio de vias aéreas e contato direto ou indireto com pessoas ou objetos infectados), as autoridades e os pesquisadores do ramo de saúde tem como única fonte de estudo confiável os casos passados. Segundo declarações da própria OMS, a análise médica e social das antigas pandemias deve ser levada a sério a fim de originar novas idéias e soluções para a nova ameaça.

Algumas doenças pandêmicas, como a Peste Negra na Idade Média, foram devastadoras e não por acaso são as mais conhecidas. Poucas não causaram o estrago que se imaginara e outras, em especial nos últimos anos, não chegaram a ser, efetivamente. Isto é, não passaram do estado de alerta.
A SRAS (Síndrome Respiratória Aguda Grave) em 2003, e a gripe aviária (H5N1) são exemplos de epidemias que não chegaram ao nível emergencial.
Entre tantos surtos e alardes, leia, a seguir, sobre as verdadeiras três pandemias mundiais do século XX.
1918 e 1919 – Gripe espanhola: A primeira pandemia do século XX surgiu no período de 1918 a 1919 e contaminou de 20% a 40% da população mundial e matou mais de 40 milhões de pessoas. Também conhecida como peste pneumônica, o primeiro caso foi notado nos Estados Unidos, no Kansas e em Nova Iorque.
No Brasil, cerca de 300 mil pessoas faleceram, matando até o Presidente da República da época, Rodrigues Alves, durante seu segundo mandato, em 1919.
Tido como uma espécie ímpar da gripe, o vírus foi devastador devido à estimulação excessiva da resposta imunológica inata nos homens. Foi, segundo os historiadores, a pior pandemia do século.
Recentemente, um estudo da Nature disse que vírus da influenza A, causador da doença, também é letal em primatas não humanos.

1957-1958 – Gripe asiática: O vírus H2N2 fez suas primeiras vítimas na China, onde teve seu primeiro isolamento. Em dois meses, a doença se espalhou por Hong Kong, Singapura, Índia e todo o Oriente. Depois foi a vez de África, Europa e, por último, Estados Unidos, onde causou aproximadamente 70 mil mortes.
Em dez meses, o vírus se espalhou por todo o mundo devido à popularização das viagens aéreas e à sua variação antigênica. O número de vítimas mortais chegou a dois milhões. A OMS diz que esta gripe pode ter contaminado até 80% da população mundial.

1968-1969 Gripe de Hong Kong: Coerente ao nome, a Gripe de Hong Kong surgiu no próprio país e é a última do século XX. A OMS diz que foi causada por uma “nova variação maior na hemaglutinina (que liga o vírus ao receptor da célula) do vírus Influenza A H3N2 ”.
Ao contrário da Gripe asiática, ela demorou a se disseminar para outros países. Quase meio ano depois dos casos na Ásia, o fenômeno chegou aos Estados Unidos, por exemplo.

Números da OMS sugerem que um milhão de pessoas morreram, bem menos do que a pandemia de dez anos antes. Os motivos que colaboraram para isso foram a própria experiência de isolamento das vítimas e também a evolução dos antibióticos para lidar com infecções bacterianas secundárias.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Pressão arterial

Pressão Arterial

A-Pressão Arterial

A pressão arterial mantém o sangue circulando no organismo. Tem início com o batimento do coração. A cada vez que bate, o coração joga o sangue pelos vasos sangüíneos chamados artérias. As paredes dessas artérias são como bandas elásticas que se esticam e relaxam a fim de manter o sangue circulando por todas as partes do organismo. O resultado do batimento do coração é a propulsão de uma certa quantidade de sangue (volume) através da artéria aorta. Quando este volume de sangue passa através das artérias, elas se contraem como que se estivessem espremendo o sangue para que ele vá para a frente. Esta pressão é necessária para que o sangue consiga chegar aos locais mais distantes, como a ponta dos pés, por exemplo.
Para conhecimento geral, colocamos em destaque alguns dos componentes do sistema cardio-circulatório:
O coração - é um órgão muscular que fica dentro do peito e que é responsável por bombear o sangue para os pulmões (para ser oxigenado) e para o corpo (suprindo as necessidades de oxigênio e nutrientes) depois que o sangue foi oxigenado nos pulmões. O coração bate em média de 60 a 100 vezes por minuto em situação de repouso. É composto por duas câmaras superiores chamadas de átrios, e duas inferiores, os ventrículos. O lado direito bombeia o sangue para os pulmões e o esquerdo para o restante do corpo.


A - Visão da região anterior do coração, com parte do pericárdio removido. Observa-se a musculatura ventricular, os átrios direito e esquerdo, a veia cava superior, a crossa da aorta e a artéria pulmonar. B - Corte longitudinal do coração mostrando os ventrículos direito e esquerdo (este com a musculatura mais espessa), os átrios direito e esquerdo, as válvulas tricúspide, mitral, aórtica e pulmonar. Observa-se a representação do fluxo sanguíneo (setas) desde a cava superior, átrio e ventrículo direitos e artéria pulmonar, até as veias pulmonares, átrio e ventrículo esquerdos e aorta.



As artérias - são os vasos por onde o sangue corre vindo do coração. Elas estão distribuídas como se fossem uma grande rede de abastecimento por todo o corpo, podendo ser palpadas em alguns locais, onde estão mais superficializadas. Alguns destes locais são: na face interna de seu punho, na região da virilha e no pescoço. Este movimento ou pulsação, que você sente quando coloca seu dedo, é quando o sangue está sendo empurrado por um batimento do coração e que ocasiona uma determinada pressão dentro do vaso. Em geral as artérias são bem mais profundas, por isso somente em alguns locais é que elas podem ser palpadas. É nas artérias que ocorre o processo da doença da hipertensão.
As veias - são os vasos sanguíneos que trazem o sangue, agora cheio de impurezas, de volta ao coração. Assim como as artérias, elas formam uma enorme rede. A grande característica que diferencia uma veia de uma artéria, é que elas estão mais superficiais e podem ser mais facilmente palpadas e visibilizadas. Além desta diferença, pode-se citar a composição de sua parede, que é mais fina.

O QUE SIGNIFICAM OS NÚMEROS DE UMA MEDIDA DE PRESSÃO ARTERIAL?
Significam uma medida de pressão calibrada em milímetros de mercúrio (mmHg). O primeiro número, ou o de maior valor, é chamado de sistólico, e corresponde à pressão da artéria no momento em que o sangue foi bombeado pelo coração. O segundo número, ou o de menor valor é chamado de diastólico, e corresponde à pressão na mesma artéria, no momento em que o coração está relaxado após uma contração. Não existe uma combinação precisa de medidas para se dizer qual é a pressão normal, mas em termos gerais, diz-se que o valor de 120/80 mmHg é o valor considerado ideal. Contudo, medidas até 140 mmHg para a pressão sistólica, e 90 mmHg para a diastólica, podem ser aceitas como normais. O local mais comum de verificação da pressão arterial é no braço, usando como ponto de ausculta a artéria braquial. O equipamento usado é o esfigmomanômetro ou tensiômetro, vulgarmente chamado de manguito, e para auscultar os batimentos, usa-se o estetoscópio.
TABELA DE VALORES MÉDIOS NORMAIS DE PRESSÃO ARTERIAL

IDADE EM ANOS PRESSÃO ARTERIAL EM MMHG
4 85/60
6 95/62
10 100/65
12 108/67
16 118/75
Adulto 120/80
Idoso 140-160/90-100

Fonte:www.if.ufrj.br

terça-feira, 26 de maio de 2009

Estender a vida em 14 anos

Estudo para estender a vida em 14 anos

Uma pesquisa britânica aponta uma fórmula que pode estender a vida em até 14 anos: fazer exercícios físicos, ter uma alimentação rica em frutas e verduras, beber álcool moderadamente e não fumar. Pesquisadores da Universidade de Cambridge e do Conselho de Pesquisa Médica de Norfolk afirmam que as pessoas que não seguem nenhum destes quatro preceitos têm quatro vezes mais chances de morrer. Além disso, os resultados da pesquisa permaneceram inalterados quando foram estudadas pessoas mais pobres ou mais gordas. O estudo foi realizado com cerca de 20 mil homens e mulheres de Norfolk com idades entre 45 e 79 anos, sendo que nenhum tinha câncer ou problemas cardiovasculares no início da pesquisa, em 1993. Pontuação As pessoas recebiam um ponto para cada um dos seguintes hábitos: não fumar, consumir entre uma e 14 unidades de álcool por semana (o equivalente a meio e sete copos de vinho), ingerir cinco porções de frutas ou verduras por dia e não ser fisicamente inativo. Este último hábito foi definido como ter uma profissão sedentária e realizar meia hora de exercício por dia ou ter um emprego não-sedentário, como o de enfermeira ou encanador. De acordo com os resultados, os pesquisadores afirmam que o grupo que marcou quatro pontos tinha menos risco de morrer e que uma pessoa com 60 anos com zero ponto tinha o mesmo risco de morrer que uma pessoa de 74 anos com quatro pontos. "Sabemos que isoladamente medidas como não fumar e praticar exercícios podem ter um impacto na longevidade, mas esta é a primeira vez que olhamos para todos os hábitos ao mesmo tempo", disse o professor Kay-Tee Khaw, chefe da pesquisa. "Também descobrimos que a classe social e o IMC (Índice de Massa Corporal) realmente não têm nenhuma influência", acrescentou. "Isso significa que uma grande parte da população realmente pode perceber benefícios na saúde com mudanças moderadas." As descobertas foram mais acentuadas na redução das mortes por doenças cardiovasculares: pessoas com nenhum ponto tinham cinco vezes mais risco de morrer do que aquelas com quatro pontos.

Fonte: BBC Brasil